Fernando de Noronha

Roteiro de dois dias em Noronha

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Aproveitar ao máximo

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Para se conhecer e, acima de tudo, curtir Noronha, recomenda-se um período de no mínimo sete dias. Em Recife e Natal, as agências oferecem pacotes de três ou quatro dias, que permitem combinar um passeio a Noronha com viagens àquelas cidades.

Mas um caso particular é dos turistas que vão a Noronha por meio de cruzeiros marítimos; em geral, os navios ficam apenas dois dias ancorados nas imediações do arquipélago (da manhã de um dia ao final do dia seguinte). Nesse caso, como aproveitar ao máximo essa estada em Noronha?

Assim que o navio atraca em um ponto próximo ao arquipélago, o primeiro desafio é o desembarque. Os grandes navios têm que ancorar algumas dezenas de metros mar adentro, e o transporte até o porto é feito por meio de barquinhos.
Muitos passageiros, ansiosos em não perder o tempo precioso para desbravar a ilha, se aglutinam próximo à saída. Recomenda-se ter paciência e conferir se itens importantes estão sendo levados para a ilha: água, boné, carteira, óculos de sol, remédios para enjoo.

Chegando ao porto, há diversas formas de desbravar o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Parnamar): de bugue, de barco, a pé, a cavalo e debaixo d'água (em mergulhos de apnéia ou com cilindro). Para todas essas opções, os visitantes terão à disposição diversos guias locais que garantem a viabilidade e a segurança do trajeto.
Há a opção de fechar pacotes de passeios no navio, mas no porto é mais fácil negociar.

Uma boa estratégia é fazer numa manhã o passeio de barco e, à tarde, um tour de carro pelas praias de Noronha. Depois de uma volta geral pelo arquipélago, o turista escolhe um ponto para curtir melhor no segundo dia.

O passeio de barco, que dura cerca de três horas, é imperdível. Uma das atrações do trajeto é o "rugido do leão": uma gruta com dois buracos que propaga o som do animal por causa do barulho das ondas do mar na abertura. Mas o ponto alto da viagem é a passagem pela baía dos Golfinhos. Com direito a parada para banho, o passeio custa, em média, R$ 100 por pessoa (preços mencionados nessa página referem-se a julho de 2008). Quem fez o tour de barco pela manhã tem a tarde para um tour de buggy pela; o custo, já com guia motorista, fica entre R$ 200 a R$ 300 por dia.
O maior dilema é escolher quais praias do arquipélago serão visitadas.
Para os aventureiros, a dica é a baía do Sancho. Ao lado de uma imensa gameleira (Fícus noronhae, espécie endêmica que nasce em penhascos), do alto do mirante de 50 metros de altura, dá para avistar a praia lá embaixo.
É preciso descer por uma fenda e, depois, encarar 172 degraus até a praia por uma escadinha cravada entre duas rochas. O esforço é recompensado pela visão da praia, que não tem infra-estrutura para os visitantes - é importante levar água para beber.
Se a idéia é conhecer outras praias, o jeito é encarar rapidamente a subida. As próximas paradas podem ser as praias do Leão (há desova de tartarugas marinhas), do Sueste (dá para fazer mergulho de apnéia), a Cacimba do Padre (procurada por surfistas) e a baía dos Porcos (ótimos banhos em piscinas naturais).
À tarde, a parada certa é o mirante Boldró, onde os turistas assistem ao pôr-do-sol ao som de "Bolero de Ravel", que rola num toca-CD. Ali de cima a vista é a praia do Americanos, onde é permitido o nudismo, e o pico Dois Irmãos. Nos arredores do mirante, está o forte São Pedro do Boldró, que, protegido por correntes, está fechado para turistas.

No dia seguinte, pode-se retornar com mais calma a alguma das praias ou ainda percorrer uma trilha ecológica, visitar os fortes históricos, tentar um batismo nos diversos pontos de mergulho.
Com certeza, no momento da partida, enxergando de longe os 323 metros do Morro do Pico, a sensação é de que se provou pouco das delícias da ilha.