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Popula��o: 55.790 habitantes
�rea: 374 km2
Dist�ncia da capital: 125 km
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Hist�ria
Palmares � uma das cidades mais tradicionais de Pernambuco.
O nome palmares deriva da grande quantidade de palmeiras que existia na regi�o. O nome tamb�m deu origem ao Quilombo dos Palmares, o maior da hist�ria do Brasil; embora hoje a regi�o do quilombo esteja em Alagoas, boa parte dele (que era muito grande) localizava-se em terras da ent�o capitania de Pernambuco; leia mais sobre o Quilombo dos Palmares.
Com a chegada dos trilhos da estrada de ferro sul de Pernambuco, em 1862, a popula��o cresceu consideravelmente. Tendo em vista a posi��o privilegiada da cidade, a estrada de ferro instalou no local o escrit�rio central da administra��o, oficinas, almoxarifados e armaz�ns, tornando Palmares  o centro comercial da regi�o.
Palmares foi elevado � categoria de cidade pela Lei provincial n� 1.093, em 24 de maio de 1873, desmembrando-se do munic�pio de �gua Preta.
Administrativamente, Palmares est� constitu�do pelos distritos sede e Santo Ant�nio dos Palmares e pelo povoado de Usina Serro Azul.
Anualmente, no dia 09 de junho Palmares comemora a sua emancipa��o pol�tica.
Economia
Distante 125 km do Recife, Palmares est� localizado na Zona da Mata Sul de Pernambuco e tem como principal atividade econ�mica a agroind�stria a�ucareira. Al�m da cana-de-a��car destacam-se tamb�m na agricultura: batata-doce, mandioca, banana, cana-de-a��car, laranja e abacaxi (foto).
Em Palmares h� uma grande variedade de ind�strias de transforma��o. O com�rcio no munic�pio � um setor em expans�o com estabelecimentos de pequeno e m�dio porte, com destaque para os supermercados e lojas de material de constru��o, autope�as e confec��o.  Hoje 59% dos moradores de Palmares t�m atividades ligadas ao com�rcio. Compradores de v�rias cidades vizinhas v�o at� Palmares para fazerem suas compras. Esses visitantes tem uma participa��o econ�mica no com�rcio de cerca de 40%.
Al�m do munic�pio de Palmares, a Regi�o de Desenvolvimento da Mata Sul, na Mata Pernambucana, abrange mais 23 munic�pios, s�o eles: �gua Preta, Amaraji, Barreiros, Bel�m de Maria, Ch� Grande, Cort�s, Catende, Escada, Gameleira, Joaquim Nabuco, Jaqueira, Maraial, Pombos, Primavera, Quipap�, Ribeir�o, Rio Formoso, Sirinha�m, S�o Jos� da Coroa Grande, S�o Benedito do Sul, Tamandar�, Vit�ria de Santo Ant�o e Xex�u. A regi�o possui uma �rea de 5.208,6 km�, sendo 5,26% do territ�rio pernambucano.
Turismo
Terra dos Poetas. � assim que Palmares ficou conhecida por ter sido ber�o de grandes poetas. Entre eles destacam-se Ascenso Ferreira (foto) e Hermilo Borba Filho.
Ascenso Ferreira nasceu em 1895. Na cidade passou sua inf�ncia e adolesc�ncia, onde aos treze anos come�ou a trabalhar na loja de um tio para ajudar no or�amento dom�stico.
Em 1917 fundou com alguns amigos a sociedade liter�ria Hora Liter�ria de Palmares. Nas reuni�es dominicais, reuniam-se para ler suas produ��es intelectuais. No mesmo ano estreou como poeta, publicando Pro Pace, soneto dedicado a Oliveira Lima, no Jornal do Recife.
Participou do movimento modernista (M�rio de Andrade foi seu h�spede, certa vez) e colaborou nos jornais e revistas da �poca, percorrendo os grandes centros liter�rios do pa�s lendo seus famosos poemas. Publicou: Catimb� (1927), Cana Caiana (1939), Xehenhem (1951), 64 poemas e 3 historietas populares (livros e discos) (1958), Catimb� e outros poemas (1939). Sobre folclore escreveu Maracatu, Pres�pios e Pastoris e O bumba-meu-boi, na revista Arquivos, da Prefeitura do Recife, entre 1942 e 1944. Ascenso Ferreira faleceu em 1965.
Outro nome expressivo da poesia, o "Escritor maldito", como ficou conhecido devido ao uso de palavr�es em seus romances, Hermilo Borba Filho nasceu em Palmares no dia 08 de julho de 1917. Filho de senhor de engenho, Hermilo s� come�ou a sua carreira quando foi ao Recife, no final dos anos 30, com o objetivo de estudar direito. Por�m, j� em 1943 dirigia o teatro de �pera do Recife.
Fez v�rias parcerias que impulsionaram a sua carreira de romancista e teatr�logo. Em 1945, com o escritor Ariano Suassuna funda o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1958 inaugura junto a outros intelectuais o Teatro Popular do Nordeste (TPN). Em 1961 o grupo funda, no Recife, o Movimento de Cultura Popular (MCP) que pretendia, atrav�s da educa��o e da arte, "ampliar a politiza��o das massas, despertando-as para a luta social". Em 1966, publica Margem das Lembran�as, primeiro romance da tetralogia e Um Cavalheiro da Segunda Decad�ncia, considerada sua obra de maior import�ncia.
Hermilo Borba Filho recebeu v�rios pr�mios. Dos quais destacam-se o Pr�mio Revela��o de Diretor, da Associa��o Paulista de Cr�ticos Teatrais, em 1957 e, no mesmo ano, o Pr�mio de Melhor Diretor Nacional de Com�dia da prefeitura do Rio de Janeiro.
Junto ao compositor Chico Buarque de Hollanda, o soci�logo Fernando Henrique Cardoso, o indigenista Orlando Vilas Boas e outros, Hermilo integrou o conselho editorial seman�rio de circula��o nacional, editado em S�o Paulo, chamado Jornal Movimento. Morreu no Recife, em 02 de junho de 1976.
A casa de engenho onde Hermilo Borba Filho nasceu est� com toda a mob�lia preservada, inclusive a escrivaninha que seu pai, Hermilo Borba Carvalho, utilizava para escrever suas cr�nicas.
Palmares tem muita hist�ria para contar. Al�m de grandes poetas, o munic�pio possui o primeiro teatro a funcionar no interior de Pernambuco e o terceiro mais antigo do Estado, al�m de abrigar a primeira loja ma��nica de Pernambuco.
Al�m da carga hist�rica da cidade, h� tamb�m um lado mais buc�lico. Existem v�rios atrativos naturais para os visitantes. O munic�pio � cercado por muitas �guas. Ideal para quem deseja relaxar e tomar banhos de cachoeiras e corredeiras. A Cachoeira da Barragem do Rio Camiv� � perfeita para a pr�tica de esportes radicais e para um passeio em fam�lia.
Outras op��es s�o as cachoeiras do Carit� e V�u de Noiva. Para chegar l�, no entanto, � preciso muita disposi��o, j� que o caminho � feito entre bambuzais e bananeiras. A V�u de Noiva possui tr�s quedas, sendo a mais alta com 5 metros. A Corredeira do Orat�rio � formada pelas �guas do Rio Una. Contam os moradores de Palmares, que o nome da corredeira foi dado porque os senhores de engenhos matavam seus inimigos �s margens, dando-os permiss�o a uma �ltima ora��o.
Fonte das informa��es: IBGE e Governo do Estado de Pernambuco
Cr�dito da fotos: Governo do Estado de Pernambuco.
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