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Caminhadas por trilhas nos morros do Rio

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Passeios alternativos: trilhas nos morros

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Desde há alguns anos, o Governo do Rio tem adotado a política de implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nos locais com altos índices de violência. As UPPs são unidades de polícia que contam com estrutura física e humana de boa qualidade (os prédios são construídos especificamente para abrigar a UPP, e os policiais são, em sua maioria, de recrutamento recente), com apoio logístico e financeiro permanente.

A intenção é substituir o antigo método, de combater os traficantes com armas e força bruta, por uma nova política de integração entre polícia e sociedade. Como a UPP é permanente, os moradores sabem que podem contar com a proteção dos policiais a qualquer momento.

E as UPPs tem trazido bons resultados (ver reportagens no Globo, no R7 e até na conceituada revista inglesa The Economist), que começam a ter reflexos no setor de turismo do Rio.

Após a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro Chapéu Mangueira, no Leme, os moradores das comunidades de Chapéu Mangueira e Babilônia se organizaram para criar um polo turístico comunitário, abrindo caminho para o desenvolvimento econômico dessas comunidades e oferecendo aos visitantes uma das trilhas mais belas do Rio, até pouco tempo usada por traficantes para invadir ou fugir de favelas: a área de proteção ambiental dos morros do Leme e Babilônia-São João.

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Esse é um ângulo da cidade que até mesmo a maioria dos cariocas desconhece, que descortina paisagens inéditas com novas vistas de cartões-postais já consagrados como o Corcovado, a Praia de Copacabana, o Pão de Açúcar e a Baía da Guanabara.

Trata-se de uma caminhada de cerca de duas horas por dentro da Mata Atlântica, atravessando os morros do Leme e da Babilônia até uma antiga refinaria de café, a cerca de 200 metros de altura do nível do mar.

Diferente dos exóticos projetos já conhecidos de turismo em favelas ou passeios de jipe em comunidades carentes, o que esses moradores estão oferecendo é algo mais convencional: uma soma da história, turismo ecológico e um pouco da cultura local, com direito a aulas de samba e percussão, feirinha de artes e almoço com comidas típicas, como feijoada, bobó e o churrasco da laje.

Para garantir o desenvolvimento econômico, a Associação de Moradores do Chapéu Mangueira está criando a primeira Secretaria de Turismo Comunitária da cidade, uma espécie de braço operacional entre operadoras de turismo e os serviços que serão disponibilizados.

A ideia é organizar passeios e serviços que serão prestados pelos próprios moradores. A Secretaria já está envidando esforços para levantar investimentos públicos e privados para construir o hotel-escola do Chapéu Mangueira.

O hotel ajudaria a formar mão de obra para a comunidade e os hotéis de Copacabana e Leme, afirmou o diretor da Secretaria.