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Ponta Negra - Natal



Avanço do mar causa desmoronamento do calçadão em Ponta Negra

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Nota importante: o texto abaixo foi escrito em julho de 2012.
O site Viagem de Férias não costuma escrever textos que possam ficar defasados com o tempo.
Estamos aqui abrindo uma exceção - em algum momento, o calçadão será consertado, e esse texto ficará desatualizado.
O objetivo é deixar registrada mais uma situação em que o Governo de Natal está demonstrando pouco caso com a infraestrutura turística da cidade; se o principal ponto turístico de Natal chegou a essa situação, pode-se imaginar o restante da cidade.
Das capitais do Nordeste, Natal é onde menos Viagem de Férias enxerga progresso no setor turístico.


A Praia de Ponta Negra, o ponto turístico mais conhecido de Natal, enfrenta situação de calamidade pública. E isso não é apenas uma forma de exagerar a situação ruim da praia.
O estado de calamidade pública foi decretado pela Prefeitura, e posteriormente reconhecido pela Defesa Civil e pelo Governo Federal.

Ao decretar a calamidade, a Prefeitura habilitou-se a alguns benefícios, como facilidades para licitação e contratação de obras, e recebimento de verbas emergenciais federais.

Entretanto, a decretação chamou atenção para o descaso com que Ponta Negra tem sido tratada; e se tem sido assim com o principal ponto turístico de Natal, pode-se imaginar o que ocorre no restante da cidade - vale lembrar que a atual Prefeita tem alta taxa de reprovação, foi alvo de manifestações populares  e já enfrentou até processo de impeachment.

As fotos abaixo foram tiradas em 26 de julho de 2012.



Essa primeira foto mostra que Ponta Negra continua belíssima.
As águas permitem banho (sem os tubarões do Recife ou a poluição de Fortaleza) e são mornas e límpidas (e não barrentas, como em João Pessoa). Na maré baixa, a faixa de areia é larga em toda a praia; na maré alta, os pontos de areia mais larga são os próximos ao Morro do Careca. E o Morro do Careca, claro, continua embelezando a paisagem, tornando Ponta Negra a mais bela praia urbana do Brasil.



Foto da calçadão, antes da destruição.
À direita, fica a maior concentração de hoteis de Ponta Negra. Ao longo do calçadão, havia diversas barracas, oferecendo coco, petiscos, sucos.
O calçadão era excelente para uma caminhada, pois podia-se desfrutar  da bela paisagem juntamente com a brisa refrescante - poucos outros locais no Nordeste oferecem essa combinação.



A sinalização não deixa dúvidas: os problemas são sérios.



Acima, a real face do problema. O mar avançou, a base do calçadão (que foi construído sobre dunas, ou seja, areia) não suportou a ação erosiva da maré, e o chão desmoronou.

Quando fizemos essa visita, a Defesa Civil havia interditado (com placas e faixas) aproximadamente metade do calçadão; os pedestres podem se desviar e caminhar por uma estreita faixa.

Além do risco de se cair nesses buracos (principalmente para crianças), há o risco de o chão desmoronar sob seus pés. Além disso, cresce a possibilidade de novos vazamentos de esgoto, que já eram corriqueiros na área.



Até agora, a ação tomada pela Prefeitura foi a colocação de sacos de areia.



A Pousada Free Willy, uma das mais antigas e tradicionais da beira-mar de Ponta Negra, fechou as portas.

Isso enseja outra questão: como a situação atual afetará o destino Natal no competitivo mercado de turismo do Brasil e do Nordeste em particular?



Acima, trecho do calçadão que fica próxima à Erivan França, a rua beira-mar de Ponta Negra. Os espaços para se sentar e estacionar, que já não eram muitos, estão ainda mais escassos.



A área próxima ao Morro do Careca foi pouco afetada, já que o calçadão termina uns 500 metros antes. Essa continua sendo a área com a faixa mais larga de areia.

Assim que medidas corretivas forem tomadas, faremos outra visita a Ponta Negra e colocaremos as informações nesse mesmo post.